quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O grande prazer de c.a.g.a.r na casa da sogra

Dejair sempre foi um rapaz bastante comunicativo, adepto à festas e um tanto quanto namorador. Já aprontou algumas e uma das mais engraçadas ele apronta na casa da sogra.

Namorada nova e encantadora, de família tradicional. Bem tradicional. Deja é convidado para ir à casa da nova namorada para ser apresentado à família dela. Obviamente que o jantar é "tapado" de pompas. Garfo pra cá, colher pra todo o lado, 8 pratos empilhados, 4 copos por pessoa, toalinha disso, toalinha daquilo, ... o escambal. Deja nunca foi de muito frisque-frisque. Pois bem. O negócio é encarar.
À caminho, na condução de seu chevette ele sente uma pequena dor de barriga. Totalmente controlável, diga-se de passagem. Conforme aumentam as curvas do caminho, aumentam as cólicas e a velocidade. Chega em frente ao endereço e vê um lindo e amplo jardim. Neste momento a vontade é incontrolável. Ele reluta mas fica praticamente sem escolha. Esconde-se atrás de um dos arbustos e ................ aaaffff.... que alívio. Só se dá conta que não tem como se limpar após terminar o serviço. A meia do pé direito é a solução.
Toca a campainha e a namorada vem toda carinhosa recebê-lo. Imediatamente foi apresentado à sogra. Logo de cara mete três beijos estalados na véia, um forte abraço com uns tapa nas costas do sogro, beija o irmão mais novo que tem cabelo comprido achando se tratar de uma mocinha. Cumprimenta cunhado, cunhada e seus respectivos e, pra finalizar pisa no rabo do tobby. Fazia um frio danado e antes da janta o sogro serve um bom vinho chileno, que por sinal dejair não degusta. Apenas engole como se fosse um martelinho de cachaça. O sogro já o olha meio engraçado.

Sentam-se todos à sala com aqueles tapetes peludos volumosos. Tem alguma coisa estranha. Um cheiro diferente no ar. E algumas manchas no tapete que incrivelmente seguem o trajeto feito pelo Deja. Seu sapato está completamente borrado. Pobre do Tobby: leva a culpa pelo ocorrido. A sogra, com toda delicadeza oferece-lhe um chinelo mais confortável que pertence ao seu esposo. O chinelinho parece uma lancha nos pés do Deja. Deve ser um 48, mais ou menos. Deja imediatamente lembra da ausência da meia do pé direito. Logo se justifica dizendo: "na nossa família sempre tiramos uma das meias pra dar sorte e prosperidade ao casal". Com essa ele conquista os sogros.

A empregada comunica à sogra que o jantar está servido e todos se dirigem à mesa. Todos ocupam seus lugares e Deja, visivelmente abalado com tanta louça em cima da mesa, faz um comentário super engraçado: "ainda bem que eu não vou precisar lavar toda essa louça, hein?". Todos se olham e num gesto de educação soltam algumas risadas. Antes de mais nada o chefe da família convoca uma santa oração. Deja já está com o prato parcialmente cheio de arroz. Detalhe: além de ele não esperar a oração, o prato está virado para baixo. O constrangimento foi unamidade na mesa. Todos ficam sem saber o que fazer. A sogra, toda preocupada chama a empregada pra dar solução.
Iniciado o jantar, Deja já se sente mais à vontade. Às entradas são servidas e tudo segue na santa paz.

Voltaremos...

2 comentários:

  1. Sim, uma trajicomédia para os histórias curtas...
    Muito bom o texto...
    Abraços

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  2. ahahahah essa historia da "meia" ai eu conheço, mas o personagem principal nao eh o deja ahahahahha

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